segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Instalação do GNS3 1.4.0 no Ubuntu via Launchpad

Olá Pessoal.

Escrevo para informá-los que agora há pouco atualizei o repositório do blog, na aba "Downloads & Laboratórios", com a última versão do GNS3 1.4.0 para Micosoft Windows (64 bits) e Mac OS X. Os instaladores têm aproximadamente 40MB e estão disponíveis apenas para plataformas 64 bits.



Já para os usuários do Linux, especificamente do Ubuntu, a boa notícia é que agora não há mais necessidade de fazer o procedimento de instalação manual porque a nova versão foi adicionada nos repositórios e o software pode ser facilmente instalado/atualizado através de um PPA (Personal Package Archive) no Launchpad, bastando o usuário utilizar as seguintes linhas de comando:

sudo add-apt-repository ppa:gns3/ppa
sudo apt-get update
sudo apt-get install gns3-gui

Para adicionar o suporte ao IOU:

sudo dpkg --add-architecture i386
sudo apt-get install gns3-iou

Aqueles interessados em instalar o GNS3 em outras distribuições Linux podem consultar a documentação oficial disponibilizada na plataforma GNS3 Jungle (www.gns3.com). Façam seus testes...

Samuel.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Palestra na Campus Party Brasil (CPBR9)

Olá Pessoal,

Nos dias 26 a 31 de janeiro ocorrerá a nona edição da Campus Party Brasil (CPBR9), o maior evento do mundo em tecnologia, principalmente nas áreas de inovação, criatividade, ciência, empreendedorismo e entretenimento digital. Em 2016 o evento será realizado no Centro de Exposição Anhembi e, assim como nos anos anteriores, haverá um palco com temática Segurança & Redes sob curadoria do NIC.br.




Pelo terceiro ano consecutivo, a convite dos colegas do NIC.br, fui escalado para participar de uma palestra e para ministrar um workshop, ambos no dia 29/jan (sexta-feira), oportunidade em que falarei sobre certificações da Cisco. A palestra ocorrerá no período da manhã e será uma mesa redonda sobre certificações em conjunto com outros especialistas em roteadores. Cada palestrante terá 15 minutos para falar da importância da sua certificação no mercado de trabalho. Como fazer uma certificação e se preparar para os exames serão assuntos abordados na discussão. No período da tarde serão realizados workshops em espaço reservado com bancadas largas, pontos de rede e tomadas para 80 alunos, na sua maioria jovens curiosos. Abaixo trago alguns detalhes do workshop que irei ministrar:

Título: Roteamento Dinâmico e IPv6 no Currículo Cisco® CCNA® 

Descrição da Atividade:
Está interessado em começar seus estudos para ser aprovado no exame CCNA, uma das certificações mais reconhecidas da área de redes? Além disso, que tal aprender algumas práticas relacionadas ao "novo" protocolo IPv6? Pois bem, essa é a oportunidade de participar de um workshop que consiste na resolução de um dos laboratórios do livro "Laboratórios de Tecnologias Cisco em Infraestrutura de Redes", de autoria do palestrante, com foco na configuração de roteamento IPv6 em roteadores Cisco. A propósito, alguns participantes do workshop serão premiados com um dos livros do autor! :-)

Link p/ Inscrição no Workshop: http://goo.gl/bY3dzF

Espero vocês campuseiros no evento!

Samuel.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Arquitetura e Hierarquia de Memórias em Roteadores Cisco

Olá Pessoal,

Um tópico fundamental para aqueles que estão estudando para a certificação CCNA é compreender os fundamentos da arquitetura de um roteador Cisco. Um roteador nada mais é do que um computador especializado em executar funções de rede, por isso ele possui vários componentes que são comuns a qualquer sistema de computação. A figura abaixo traz um esquemático geral da arquitetura de um roteador Cisco onde o leitor pode observar seus componentes principais. Cabe destacar que, obviamente, trata-se de um esquemático generalista comum a boa parte dos roteadores Cisco, mas é natural que cada equipamento tenha sua arquitetura específica com particularidades.


Como em qualquer sistema de computação, seu componente principal é a CPU. Diferente de sistemas de computação tradicionais, os roteadores são caixas especializadas que devem ser eficazes em desempenhar apenas algumas tarefas específicas, motivo pelo qual é comum que os processadores sejam do tipo RISC. Exemplos de processadores utilizados pela Cisco são MIPS e Motorola PowerPC nos roteadores atuais, além de Motorola 68030 e Orion/R4600 em equipamentos mais antigos. O antigo roteador 2621, por exemplo, utiliza um processador Motorola PowerQUICC MPC860. O processador suporta a execução das tarefas do sistema operacional IOS, o que inclui as decisões de comutação e roteamento de pacotes, manutenção das tabelas de roteamento, etc. Também podem existir outros co-processadores no equipamento, principalmente para executar funções de criptografia que consomem bastante recurso, como acontece nos roteadores da família ISR G2 (1900, 2900 e 3900). 

Obs.: Para aqueles que não estão lembrados dos estudos no começo da graduação ou mesmo de cursos técnicos, processadores do tipo RISC (Reduced Instruction Set Computing) trabalham com um conjunto mínimo de instruções otimizadas, em contraste aos tradicionais processadores CISC que trabalham com um conjunto complexo de instruções versáteis. Essa abordagem simplificada do conjunto mínimo de instruções é bastante eficiente em termos de desempenho, desde que o equipamento seja desenvolvido para executar tarefas bem específicas. 

Outro componente fundamental é a memória, sendo que, na realidade, os roteadores Cisco não possuem uma única memória, mas uma composição de diferentes tipos de memórias, cada uma idealizada para um fim específico na arquitetura do sistema. A hierarquia de memórias adotada nos roteadores é um dos assuntos que mais gera dúvida nos alunos, mas compreendê-la é importante para operar a caixa e configurar o sistema IOS. Para organizar melhor esse assunto, abaixo trago uma síntese de cada uma das memórias e, na sequência, trago uma tabela com o resumo dos quatro tipos de memórias associadas com os respectivos conteúdos que armazenam.


  • ROM - Trata-se de uma pequena memória somente leitura, soldada na placa mãe, que armazena o inicializador do sistema (bootloader), é responsável pelo diagnóstico inicial do hardware (POST) e possui uma versão minimalista do IOS (ROMmon). Muitas vezes esse conjunto de ferramentas de inicialização é chamado de bootstrap;
  • Flash - É uma memória não volátil (persistente) utilizada para armazenar a(s) imagem(ns) comprimida(s) do sistema operacional IOS, além de outros arquivos de sistema. Essa memória normalmente pode ser expandida e/ou pode ser removível em formato de cartão;
  • NVRAM - Trata-se de uma memória rápida, pequena e não volátil, daí o nome Non-Volatile RAM (NVRAM), que é responsável por armazenar o arquivo de configuração mais importante de qualquer roteador Cisco (startup-config). É nesse arquivo que ficam armazenadas todas as configurações que serão inicializadas quando o roteador é ligado. A NVRAM também armazena a config-register, um registrador que sinaliza como a caixa deve se comportar durante o boot, algo útil, por exemplo, para realizar a recuperação de senhas. Uma observação é que nem todos os modelos de roteadores possuem uma NVRAM específica, sendo que alguns armazenam o arquivo de inicialização em uma partição da flash;
  • DRAM - A DRAM é uma memória volátil de alto desempenho, ou seja, seu conteúdo é perdido sempre que a caixa é desligada/reiniciada por qualquer motivo. È a mesma memória tradicionalmente utilizada em PCs para armazenar aplicações e dados. Em roteadores Cisco essa memória é utilizada para armazenar a imagem descomprimida do IOS em execução, todas as tabelas de roteamento e complementares, os buffers de pacotes, além do arquivo com as configurações vigentes denominado running-config


As informações da quantidade de memória que um roteador possui podem ser facilmente exibidas através do comando "show version" no IOS. Reparem os destaques em amarelo da figura abaixo para identificar as memórias DRAM, NVRAM e Flash. A DRAM é dividida em dois números que devem ser somados porque essa memória é logicamente separada em dois espaços, um reservado para dados do processador no plano de controle e outro compartilhado para dados  de entrada/saída. A NVRAM é suficientemente pequena para armazenar um arquivo de configuração simples com milhares de linhas. A tela abaixo foi extraída de um roteador 1905 com 256MB de DRAM, 256K de NVRAM e 256MB de Flash. 


Finalmente existem as linhas de entrada/saída que permitem interação do mundo externo com o roteador, seja através da porta de console para configuração local, seja através da porta auxiliar para configuração remota ou mesmo através das interfaces de rede para fins de configuração (in-band) e/ou envio e recebimento de tráfego da rede de produção. Nesse ponto cabe destacar que uma característica comum de roteadores Cisco é que eles são caixas modulares, ou seja, é possível adicionar/remover módulos com diferentes tipos de interfaces de rede. Por isso sua arquitetura tem que estar acoplada com barramentos (slots) que permitam a inserção de novos módulos para garantir essa flexibilidade.

A importância de cada um desses componentes para o devido funcionamento do sistema faz mais sentido lógico quando entendemos o processo de inicialização de um roteador Cisco. Ao ligar um roteador, o bootstrap armazenado na memória ROM é responsável por fazer um teste inicial para diagnosticar o bom funcionamento de todo o hardware, denominado Power-On Self Test (POST). Se o hardware estiver íntegro e foi inicializado com sucesso, então o bootstrap observa a informação do registrador de configuração para determinar suas próximas ações, sendo que o config-register padrão é igual a 0x2102 e instrui o roteador a buscar a imagem do IOS na memória flash para, então, carregar o arquivo de configuração inicial (startup-config) da NVRAM.  

Vimos que a memória flash é responsável por armazenar a imagem comprimida do sistema operacional IOS. Ao localizar a imagem comprimida, o roteador faz a descompressão do IOS na memória DRAM que possui melhor desempenho e, então, o sistema passa a ser executado a partir dessa memória. Esse processo demora um pouco e pode ser observado quando iniciamos o roteador e somos deparados com uma sequência de caracteres ###. A partir deste ponto o usuário é deparado com o prompt do IOS e todas as configurações executadas passam a ser salvas no arquivo de configuração corrente, ou seja, na running-config armazenada na DRAM. 



A figura acima traz um diagrama simplificado com as principais etapas que ocorrem durante o processo de boot de um roteador Cisco. A princípio pode parecer bastante informação para aqueles que ainda estão começando a estudar para o exame CCNA, mas esse conteúdo é fundamental para qualquer profissional que queira construir uma carreira em soluções Cisco. Bons estudos...

Samuel.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Conexão Terminal em Dispositivos Cisco via Cabo USB

Olá Pessoal,

A maioria dos equipamentos de rede possui uma porta de console para permitir aquele primeiro acesso em que são realizadas as configurações iniciais do dispositivo de maneira out-of-bound, ou seja, uma conexão local direta à parte da rede local. Em dispositivos Cisco essa conexão tradicionalmente é feita através de algum aplicativo terminal, a exemplo do PuTTY ou do Screen, via conexão serial em uma porta de console com terminal RJ-45, em que utilizamos o cabo apresentado na figura 1a para esse fim.

Ocorre que praticamente todos os novos computadores não possuem uma porta serial (RS-232) como acontecia anos atrás, motivo pelo qual é necessário utilizar um adaptador USB-Serial (figura 1b) que é acoplado em uma porta USB do computador e, depois de instalados os devidos drivers, o sistema operacional passa a reconhecer uma interface serial (COM ou TTY).


Figura 1. Tipos de Cabos de Console (Clique p/ Ampliar)

Felizmente, já há alguns anos, os roteadores e switches da Cisco possuem, além da tradicional porta de console do tipo serial (terminal RJ-45), uma porta de console adicional do tipo mini-USB (figura 2), o que permite a utilização de um cabo USB convencional. Na relação de acessórios da Cisco, o referido cabo é denominado CISCO-CONSOLE-USB, mas na prática qualquer cabo USB que tenha um terminal USB Tipo-A e outro terminal do tipo mini-USB Tipo-B (figura 1c) é compatível.

Figura 2. Visão Traseira do Chassi de um Roteador Cisco 1905

Nas linhas abaixo trago um rápido guia de como realizar essa conexão terminal em roteadores, switches ou mesmo outras caixas da Cisco utilizando um cabo USB, ao invés do tradicional cabo de console serial. O procedimento é descrito para Linux, Mac OS X e Windows. 



Conexão Terminal via USB no Linux

No Linux não é necessário instalar nenhum driver para que o cabo USB possa ser utilizado como linha serial. Ao conectar o cabo no computador e no roteador/switch, o sistema operacional irá identificar o dispositivo e criar seu respectivo arquivo de sistema em /dev/ttyACM#, sendo que # é um número qualquer de indexação. Outra vantagem é que não é necessário instalar nenhum software terminal, uma vez que a maioria das distribuições Linux já possui o screen. Apesar disso, não há problema nenhum em utilizar qualquer outro software terminal de preferência do usuário.

root@Linux:~$ ls -ltr /dev/*ACM*
crw-rw---- 1 root dialout 166, 0 Jan   9 13:18 /dev/ttyACM0
root@Linux:~$ screen /dev/ttyACM0 9600
[screen is terminating]
root@Linux:~$

O primeiro passo é listar os arquivos tty do diretório de sistema /dev e localizar o arquivo que normalmente começa por ttyACM. Para facilitar a visualização da saída, é útil utilizar os parâmetros -ltr para exibir os arquivos em lista (-l), por ordem de alteração (-t) e de maneira reversa (-r). Uma vez identificado o nome do arquivo que faz referência à linha serial, basta executar o aplicativo screen na respectiva porta com a velocidade de 9600Bd (baud rate), destacando que o valor padrão de baud em dispositivos mais novos pode ser 115200Bd. Para encerrar o screen, basta digitar CTRL+A : quit.



Conexão Terminal via USB no Mac OS X

No Mac OS X não é necessário instalar nenhum driver para que o cabo USB possa ser utilizado como linha serial. Ao conectar o cabo no computador e no roteador/switch, o sistema operacional irá identificar o dispositivo e criar seu respectivo arquivo de sistema em /dev/tty.usbmodem#, sendo que # é um número qualquer de indexação. Outra vantagem é que não é necessário instalar nenhum software terminal, uma vez que o Mac OS X já possui o screen. Apesar disso, não há problema nenhum em utilizar qualquer outro software terminal de preferência do usuário.

MacBook:~ User$ ls -ltr /dev/*usb*
crw-rw-rw-  1 root wheel  18,   4  9 Jan 13:13 tty.usbmodem1411
crw-rw-rw-  1 root wheel  18,   5  9 Jan 13:13 cu.usbmodem1411
MacBook:~ User$ screen /dev/tty.usbmodem1411 9600
[screen is terminating]
MacBook:~ User$

É necessário abrir o aplicativo Terminal (no Launchpad) para listar os arquivos tty do diretório de sistema /dev e localizar o arquivo que normalmente começa por tty.usbmodem. Para facilitar a visualização da saída, é útil utilizar os parâmetros -ltr para exibir os arquivos em lista (-l), por ordem de alteração (-t) e de maneira reversa (-r). Uma vez identificado o nome do arquivo que faz referência à linha serial, basta executar o aplicativo screen na respectiva porta com a velocidade de 9600Bd (baud rate), destacando que o valor padrão de baud em dispositivos mais novos pode ser 115200Bd. Por fim, para encerrar o cliente terminal screen, basta digitar CTRL+A : quit.



Conexão Terminal via USB no Windows

No Windows é necessário instalar um pacote de drivers da Cisco (atualmente na versão 3.1) para que o sistema operacional possa utilizar o cabo USB como linha serial. O leitor pode baixar o pacote de drivers diretamente da página da Cisco ou através do link abaixo que estou disponibilizando no blog. Observe que existe um arquivo específico para arquiteturas 32bits e outro para 64bits. Também é necessário instalar algum software terminal que permita acesso serial (por ex.: PuTTY).

http://www.labcisco.com.br/app/cisco-usbconsole-driver.zip

Uma vez instalado o driver no Windows, então o sistema operacional irá reconhecer uma porta Cisco Serial do tipo COM (figura 3) que deverá ser informada no software terminal de maneira idêntica ao tradicional acesso serial que era feito via cabo de console.

Figura 3. Porta Cisco Serial no Gerenciador de Dispositivos do Windows


Façam seus testes...

Samuel.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Suporte Oficial da Cisco na Recuperação de Senhas

Olá Pessoal

Uma situação não tão incomum que um administrador de rede pode ter que enfrentar é a necessidade de acessar um roteador ou switch protegido por uma senha desconhecida, seja por remanejamento de equipamentos usados, seja por transição de pessoal técnico ou qualquer outro motivo.

No caso específico de roteadores e switches da Cisco, não existe um procedimento comum a ser executado em qualquer equipamento que permita a recuperação de senha (password recovery). Ao contrário, o procedimento de recuperação de senha varia entre os diversos modelos de caixas e, antes de fazê-lo aleatóriamente, é recomendável que o técnico consulte documentação confiável do modelo específico. Ao se deparar com essa necessidade, minha recomendação é que seja consultada a página de suporte da Cisco no link abaixo, onde podem ser encontrados os procedimentos necessários para resetar os principais modelos de switches e roteadores. 


Para não limitar este artigo apenas à recomendação de leitura da página de suporte da Cisco, aproveito para trazer um guia rápido dos procedimentos de recuperação da senha nos switches Catalyst 2960/3550/3560/3750 e nos roteadores 1900, equipamentos bastante comuns no mercado. Os guias abaixo tiveram como referência a página de suporte da Cisco que recomendo no link acima.



Password Recovery em Switches Catalyst 2960/3550/3560/3750


01) Utilize um computador qualquer para acessar o switch através de porta de console, procedimento que deve ser feito utilizando o devido cabo de console e um software de acesso terminal (por ex. PuTTY);

02) O segundo passo é delisgar o cabo de força do switch;

03) O terceiro passo é ligar o switch e colocá-lo em modo prompt. Basta manter apertado o botão MODE, normalmente localizado no lado esquerdo do chassi frontal do switch, enquanto é reconectado o cabo de força para ligar o equipamento. A figura abaixo traz uma ilustração do botão MODE (ítem 9), onde o leitor pode observar que ele normalmente fica localizado próximo aos LEDs de status do equipamento;

Fonte: Cisco Systems (www.cisco.com)

04) Ao receber o prompt switch:, digite flash_init e veja uma saída parecida com:

switch: flash_init
Initializing Flash...
flashfs[0]: 143 files, 4 directories
flashfs[0]: 0 orphaned files, 0 orphaned directories
flashfs[0]: Total bytes: 3612672
flashfs[0]: Bytes used: 2729472
flashfs[0]: Bytes available: 883200
flashfs[0]: flashfs fsck took 86 seconds
....done Initializing Flash.
Boot Sector Filesystem (bs:) installed, fsid: 3
Parameter Block Filesystem (pb:) installed, fsid: 4
switch:


05) Na sequência, digite load_helper;

06) Para exibir o sistema de arquivos do switch e identificar seu arquivo de configuração, digite dir flash: (incluindo os ":" no final). Observe na saída do exemplo abaixo que o arquivo de configuração está destacado em amarelo e é denominado config.text.

switch: dir flash:
Directory of flash:/
2    -rwx  1803357   <date>         c3500xl-c3h2s-mz.120-5.WC7.bin
4    -rwx  1131      <date>         config.text
5    -rwx  109       <date>         info
6    -rwx  389       <date>         env_vars
7    drwx  640       <date>         html
18   -rwx  109       <date>         info.ver
403968 bytes available (3208704 bytes used)
switch:

07) Uma vez localizado o arquivo de configuração que é carregado quando o switch é inicializado, podemos renomeá-lo através da inserção do seguinte comando no prompt:


switch: rename flash:config.text flash:config.old

08) Agora podemos reiniciar o switch, através do comando: boot

switch: boot
Loading "flash:c3500xl-c3h2s-mz.120-5.WC7.bin"...###############################
################################################################################
######################################################################
File "flash:c3500xl-c3h2s-mz.120-5.WC7.bin" uncompressed and installed, 
entry point: 0x3000 executing...

09) Depois de reiniciado, o switch não será mais capaz de localizar o arquivo de configuração original e você receberá o tradicional diálogo de configuração que é exibido pelo IOS quando o equipamento não possui nenhuma configuração. A partir desse ponto estamos no sistema IOS, então vamos sair do diálogo e renomear novamente o arquivo de configuração, dessa vez para o nome original para que o switch seja capaz de carregar todas as configurações que haviam sido previamente realizadas.

Switch> enable
Switch# rename flash:config.old flash:config.text
Destination filename [config.text]
<Pressione ENTER>
Switch#  copy flash:config.text system:running-config
Destination filename [running-config]
<Pressione ENTER>
1131 bytes copied in 0.760 secs
SW#

10) Agora já podemos atribuir novas senhas para o equipamento antes de reiniciá-lo pela última vez. Nas linhas abaixo atribuiremos novas senhas para o modo privilegiado (enable), para o acesso via console (linha console 0) e para o acesso remoto (linhas vty).

SW# configure terminal
SW(config)# enable secret SENHA
SW(config)# enable password SENHA
SW(config)# line vty 0 15
SW(config-line)# password SENHA
SW(config-line)# login
SW(config-line)# line console 0
SW(config-line)# password SENHA
SW(config-line)# end
SW# wr
Building configuration...
[OK]
SW#

Pronto! Basta reiniciar os switch que as novas senhas passam a vigorar sem que nenhuma das configurações previamente realizadas tenham sido perdidas.



Password Recovery em Roteadores 1900

01) Ao acessar o roteador através da porta de console, digite show version no prompt para confirmar quais são as configurações de registro (register configuration) que determinam a ação do equipamento ao ser inicializado, conforme observado na saída abaixo. O valor padrão da configuração de registro normalmente é 0x2102, o que quer dizer que o roteador deve carregar o arquivo de inicialização (startup-config) durante o boot;

Router> show version
Cisco IOS Software, C2900 Software (C2900-UNIVERSALK9-M), Version 15.0(1)M1,
Technical Support: http://www.cisco.com/techsupport
Copyright (c) 1986-2009 by Cisco Systems, Inc.
Compiled Wed 02-Dec-09 15:23 by prod_rel_team

ROM: System Bootstrap, Version 15.0(1r)M1, RELEASE SOFTWARE (fc1)

(...) Saída Omitida

Technology Package License Information for Module:'c2900'

----------------------------------------------------------------
Technology    Technology-package          Technology-package
              Current       Type          Next reboot
-----------------------------------------------------------------
ipbase        ipbasek9      Permanent     ipbasek9
security      securityk9    Permanent     securityk9
uc            uck9          Permanent     uck9
data          datak9        Permanent     datak9

Configuration register is 0x2102

02) Utilize o botão power para desligar o roteador e ligá-lo novamente;

03) O próximo passo é colocar o roteador no modo ROMmon, pressionando break algumas vezes durante o boot, depois da mensagem "program load complete, entry point:". Um detalhe importante e fundamental é que a ROMmon (ou bootstrap) é um pequeno programa responsável pela inicialização de todo o hardware do roteador e também do sistema operacional IOS;

04) Uma vez no prompt da ROMmon, vamos alterar o valor padrão 0x2102 da configuração de registro para 0x2142, o que quer dizer que o roteador não deverá carregar o arquivo de inicialização em que as senhas estão armazenadas;

romnon 1> confreg 0x2142
romnon 2> reset

05) Observe que após o comando de reset o roteador será reinicializado, mas não carregará nenhuma configuração. O roteador irá ignorar o arquivo de configuração inicial (startup-config) e você receberá o tradicional diálogo que é exibido pelo IOS quando o equipamento não possui nenhuma configuração;

06) Agora podemos copiar o conteúdo da startup-config na running-config do roteador para recuperar todas as configurações previamente realizadas, incluindo as senhas antigas. O único detalhe diferente é que todas as interfaces previamente configuradas estarão desativadas em modo shutdown, por isso será necessário ativar novamente as interfaces em uso na rede. Na sequência será necessário atribuir novas senhas, conforme observado nas linhas abaixo:

Router> enable
Router# copy startup-config running-config
Router# configure terminal
Router(config)# enable secret SENHA

Obs.: Cuidado para não digitar "copy running-config startup-config" por engano, senão você estará copiando todas as configurações correntes para o arquivo com as configurações de inicialização, ou seja, suas configurações originais serão todas perdidas!

07) Por fim, antes de reiniciar o roteador será necessário retornar as configurações de registro atual, caso contrário o roteador não carregará o conteúdo da startup-config durante as próximas reinicializações. Esse procedimento é rápido e direto através do acesso ao prompt do IOS:

Router(config)# config-register 0x2102
Router(config)# end
Router# write

Pronto! Basta reiniciar o roteador que a nova senha passa a vigorar sem que nenhuma das configurações previamente realizadas tenham sido perdidas.

Façam seus testes...

Samuel.